quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O MITO DA DOR DE COTOVELO !!!





Inquietada essa semana por um episódio pouco convencional - A DOR DE COTOVELO MASCULINA - resolvi buscar uma explicação para tal acontecimento. A famosa dor de cotovelo, dor de corno, despeita, ou seja lá como é chamada, não escolhe cor, raça, credo...nem sexo! Homem sofre sim...! E é muito chato...pois pior do que uma mulher com dor de cotovelo, é um homem padecendo desse mal. Afff... ele desabafa em doses homeopáticas (ao contrário das mulheres que desembucham logo de vez) que acaba por cansar até mesmo o analista. Em homenagem a esses homens...e as mulheres... ai vai o MITO DA DO DE COTOVELO, o maior mal de todos os tempos rsrsrs!



" Diz-se lá que quando certo Deus ignoto criou o mundo, separando a luz das trevas, o ser do não-ser, as águas da terra e o tempo da eternidade, a ingratidão das coisas dobrou-se sobre si mesma, como um antebraço dobra-se sobre o braço, e a saudade do estado caótico, anterior à criação, estimulou que se afirmasse teimosamente o desejo de permanecer no estado inaugurado, fazendo com que as coisas insistissem em escolher sua nova forma e em nunca mais mudar. Diz-se então que o rio, que era reto, torceu-se e que a ilha brotou d’água, enquanto o dia e a noite se defrontaram em combate num crepúsculo metafísico. E foi neste ponto do universo, e neste momento exato da criação, que a dobra do ser sobre o não-ser deixou exposto o nervo das coisas, no cotovelo do grande rio. E tal dobra do braço do universo ergueu-se numa afronta ao criador, gesto imemorial que os homens vêm repetindo servis desde então. Mas o diabo, que por lá passava nesse preciso instante, sentindo fome, lançou ao rio sua linha de pesca, armada de pontiagudo anzol e, sentindo que algo nele se enroscava, fisgou-o num puxão brutal. Não era um peixe porém, não dourado, não o filhote, não o jaú — foi o nervo das coisas que o diabo fisgou, exposto pelo gesto imemorial de afronta. E a dor foi tanta, tão aguda e penetrante, que um grito sem fim fendeu o crepúsculo primeiro, perdurando nas brenhas ínvias e desocupadas. E o grito gelado e pontiagudo que o mundo deixou escapar coagulou-se, criou asas, criou penas e um bico duríssimo, e o grito das coisas virou ave, que até hoje, passado tanto tempo, repete o vagido primal da natureza despeitada, para escarmento dos homens que logo se levantaram do barro, por ela despertados e criados à imagem e semelhança do uivo de renegação — e para sempre advertidos de que o gesto que dobra o cotovelo em afronta deixa exposto o nervo do ser, que algum diabo niilista vem fisgar, faminto de vingança contra a criação. Estava pois criada a araponga, criara-se o homem e a dor-de-cotovelo."

F. Herrmann Psicanálise do quotidiano.

Obs: O artigo completo sobre o tema, sob a ótica psicanalítica, está disponível em: http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352007000200020&lng=pt&nrm=


bjs, a todos e todas!

Espero ter ajudado em algo!


Atenciosamente... LABIATA!

3 comentários:

  1. Adoreiii!
    Adorei a foto, adorei o texto, adoreii tudoo.

    Só fico pensando: onde é q essa menina arruma essas coisas hein?!

    Hehehe..

    Piriga!

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  2. Labiata agora vc foi profunda viu!!!
    Pelo menos agora temos uma explicação pra isso, até fiquei com pena deles. Bixinhos, eles não têm culpa, a culpa é da natureza despeitada deles kkkkk

    Bjos da Correnteza

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